A agilidade nasceu no desenvolvimento de software. O objetivo era acelerar um processo lento, grande e moroso. Durante o encontro de um grupo de inovadores em modelos de desenvolvimento, nasceu o manifesto ágil.
O manifesto traz um sistema hierárquico de prioridade, ou seja, o que é preferível em relação a que. Aqui começam as falhas nas aplicações da agilidade. Se é preferível comunicação à documentação, interpretam que a documentação não é importante e não precisa ser feita.
Ser ágil não é comprar o curso de Scrum que você viu na internet. Não é ter uma kanban board nem decorar o manifesto. Agilidade não se compra. Também não existe ser ou nao ágil. Existe ser mais ou menos ágil.
Mas afinal, como ser ágil?
Agilidade é “simplesmente” entregar valor o quanto antes e continuamente. Perceba que o que a gente entrega é valor, não necessariamente software. É entregar valor mais rápido, não entregar software mais rápido. Entregar valor pode começar pelo simples direcionamento do cliente em relação ao projeto.
Apesar de todas as teorias e técnicas, para entregar valor. O manifesto não discutiu e os “agilistas” quase nunca falam sobre o que é valor. Acredito que isso seja proposital. Esse abacaxi é você quem deve descascar. O que seu cliente valoriza? O que mais o interessa? Qual é o propósito da empresa?
Gosto de pensar da seguinte maneira, sempre que interajo com um cliente: ele saiu dessa conversa com mais do que entrou? O que o cliente ganhou falando comigo?
Ser ágil é um processo, uma cultura, uma busca incessante por entregar cada vez mais valor, o mais rápido possível.