Sempre que recebemos um requisito ou um novo projeto, muito se fala sobre entender o que o cliente quer. Extrair os requisitos. Entender as necessidades.
O que raramente se fala é sobre a via contrária. O que esperamos do cliente. Qual o papel dele. Como ele precisa participar do processo, quão acessível ou não ele deve estar. E isso é uma falha nossa.
Geralmente, quando o cliente pede algo, o que ele quer é o resultado. O resultado que ele acredita que aquilo vai trazer. É nosso papel avaliar e entender, garantindo que sabemos o resultado que ele deseja atingir e se essa maneira é a melhor.
Não é papel do cliente desenhar a solução. Não é obrigação do cliente conhecer tecnologia. Não é necessário entender alguma coisa.
O papel do cliente é conhecer o próprio negócio. Entender como a roda gira, quais são suas forças e fraquezas. Traçar os objetivos e organizar os recursos.
Nós somos os técnicos. Nós somos os especialistas. Faz parte do nosso trabalho adequar a solução ao processo do cliente. Ele pode opinar, fazer parte da construção da solução mas é culpa nossa se ela não funciona ou não atinge o resultado.
Ocasionalmente, temos clientes controladores, imperativos e nós, programadores, adoramos reclamar deles (preferencialmente no coffee break haha).
Educar o cliente também esta no nosso prato. Precisamos ensinar e inserir o cliente no processo de desenvolvimento, deixando bem claro as premissas e as consequências de não seguirmos.
Afinal, não é do interesse de ninguém que o projeto de errado, não atingindo os resultados esperamos. Manter a sinergia durante o desenvolvimento aumenta muito as chances de chegarmos lá, diminuindo os atritos e mantendo a motivação e interesse das equipes.